O respeito ao não-dito nas narrativas de atletas LGBTQIA+ do esporte olímpico

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30937/2526-6314.v6.id143

Palavras-chave:

narrativas biográficas, LGBTQIA, esporte Olímpico

Resumo

Este artigo tem por propósito discutir algumas formas de silenciamento vivenciadas por atletas LGBTQIA+ do esporte olímpico. Deslocando-se de uma história oficial olímpica que, na maioria das vezes, exclui essas experiências, traremos as narrativas biográficas de participantes de diferentes edições olímpicas para explorar o tema. Além de destacar nossa compreensão sobre a aplicação deste método à população LGBTQIA+, separamos o texto em duas outras partes. Na primeira, discutimos o abismo existente entre o narrar livremente as próprias vivências e a atmosfera social violenta, desumanizante e estereotipada que impede que determinados assuntos (em particular o da chamada autoafirmação identitária) emerjam de narrativas LGBTQIA+. Logo na sequência, destacamos como os próprios regimentos olímpicos inserem os(as) atletas em condições subalternizadas ao mesmo tempo em que depreciam quaisquer ações políticas. Para encerrar o artigo, consideraremos o ocultamento de assuntos relativos à vivência LGBTQIA+ um vestígio dos processos de censura e/ou trauma experimentados ao longo da carreira atlética, e não menos uma resposta ao exagero midiático contemporâneo e seu lucro a partir da especulação.

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Biografia do Autor

Waleska Vigo Francisco, GEO - USP

Graduada em Educação Física pela FEFISA - Faculdades Integradas de Santo André (2004). Especialista em Condicionamento Físico Aplicado à Prevenção Cardiológica Primária e Secundária pelo Instituto do Coração do Hospital das Clínicas (2009). Doutoranda em Ciências pela Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (EEFE-USP) com pesquisa no campo de gênero, sexualidade e esportes. Integrante do Grupo de Estudos Olímpicos da EEFE-USP.

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Publicado

22-04-2022

Edição

Seção

Artigo Original